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Força Macabra - Discografia
 Muitos não param pra pensar, não sabem, ou até mesmo menosprezam a importância e relevância da cena brasileira do Hardcore/Punk/Thrash Metal nos anos 80 não apenas aqui no Brasil, mas também no exterior. Talvez isso aconteça porque normalmente não temos noção do tamanho de nossa influência em algum quesito, afinal, não somos afetados por ela. Nós somos ela. Pode ser isso. Mas a verdade é que bandas como Ratos de Porão, Inocentes, Armagedom, Lobotomia, Sarcófago, Chakal, entre outras dos ramos, foram muito mais longe do que é comentado nas rodas de amigos e mídia. A prova real de que isso tudo não se tratou apenas de um movimento nacional é o Força Macabra.
  Nome em português, letras em português brasileiro, altamente apaixonados e influenciados também pelo Overdose... O Força Macabra pode facilmente ser considerado uma banda nacional caso o ouvinte não faça uma pequena pesquisa. Contudo, a verdade é bastante interessante, já que o conjunto é oriundo de muito, muito longe da terra tupiniquim, atravessando o oceano e subindo às terras geladas do norte europeu.
  Pois é. Trata-se de uma banda europeia. Finlandesa, mais precisamente. Formado na capital Helsinque em 1991, o conjunto - cuja formação conta com membros puramente finlandeses, mas que usem nomes artísticos - se deixou influenciar pesadamente pela cena brasileira ao ponto de compôr letras em português e nos brindar com essa interessante experiência.
  Inicialmente composta por Oswaldo "Taurus" Extermínio (Otto Luotonen) no vocal, Pedro "Porco" Anthares guitarra, Roberto Necrófago no baixo e Oscar "Deadbrain" Antítese (Otto Itkonen) na bateria, a banda primeiro lançou trabalhos menores, como demos e splits. A primeira saiu ainda no ano de formação, intitulada simplesmente "1st Demo".
  Já na próxima demo, intitulada "2nd Demo: Para Agonia e Morte" e lançada em 1992, a banda estava contando com outro baixista no lugar de Roberto, chamado Jaska.
  Após lançarem mais algumas demos e splits, conquistaram um contrato com a Genet Records, responsável pelo lançamento do álbum de estreia "Nos Túmulos Abertos", em 1995. Com suas 13 faixas que totalizam 26 minutos de duração, este é um trabalho que apresenta um Hardcore/Punk bastante objetivo e tradicional: porradeiro, agressivo, homogêneo, com um vocal carregado por drive cantando na tonalidade que as inconformadas e críticas letras exigem. No entanto, peca em alguns pontos devido à limitação de recursos ou até mesmo a pouca idade da banda. A gravação não é tão boa... é meio abafada, com o som dos instrumentos se confundindo, pouco claros. O pulsar do baixo é estranho, a bateria é seca, a guitarra é arranhada... até o português é afetado, pois com o pouco tempo de estrada da banda, a pronúncia se mostra mais balbuciada e atropelada ao invés de propriamente falada. Esses atributos são ótimos para quem gosta de um som mais sujo.
  Tempos depois do lançamento, o guitarrista Abutre E. Hate foi adicionado à formação, e mais uma cacetada de splits e compilações foram lançadas no meio-tempo até o próximo álbum. Uma dessas splits saiu no ano de 2001, em parceria com o Ulster, banda brasileira de Hardcore/Punk de São Bernardo do Campo, em São Paulo.
  Já o ano de 2002 marcou a chegada do segundo álbum de estúdio, chamado "Caveira da Força". Lançado através da Hardcore Holocaust Records, agora a musicalidade melhorou em diversos aspectos. A produção está mais nítida, as composições estão mais abrangentes e criativas, e solos são fritados, explorados com técnica e velocidade. Ao longo de seus 30 minutos de duração, o álbum apresenta uma banda que trás à superfície uma influência adicional de Thrash Metal que tornou as músicas mais pesadas, com linhas instrumentais melhor desenhadas, mais interessantes. Ao unir Hardcore, Punk e Thrash Metal de forma tão coesa como fizeram, alcançaram uma sonoridade para agradar qualquer fã das vertentes. É pegada, cheia de palhetadas velozes gerando uma intensa riffeira, bateria porradeira, baixo que a acompanha. As linhas vocais não ficaram por fora do desenvolvimento, já que Oswaldo agora apresenta um vocal mais técnico, mais encorpado e um drive ainda mais carregado, a caráter da maior influência da banda: o Overdose. Backing vocals também são constantemente acionados ao mais tradicional estilo Punk/Hardcore, complementando muito bem uma musicalidade que já é notável por si só. Álbum forte, certamente.
  Após o lançamento, o baixista Jaska deixou o conjunto, mas ninguém foi convocado pra preencher sua vaga. Ao invés disso, o guitarrista Pedro "Porco" Anthares passou a dividir as funções no estúdio.
  O tempo que a banda levou para lançar o segundo álbum foi certamente longo. Foram sete anos de espera. Depois de lançar um disco excelente como "Caveira da Força", esperava-se que não demorasse tanto mais para que mais álbuns saíssem. Entretanto, mais seis longos anos tiveram de transcorrer até que mais materiais inéditos pudessem finalmente ser apreciados.
  Portanto, o terceiro full-length foi conhecido apenas em 2008. "Aqui É O Inferno", lançado via Agipunk Records, é um álbum que dá prosseguimento à competente tendência Crossover/Thrash iniciada em seu antecessor, mas também apresenta mudanças. De fato, é furioso e incrivelmente energético, batedor de cabeça. As canções estão ainda mais velozes e assassinas, cantadas por um vocal que esbanja revolta e autoridade, com sílabas pronunciadas alucinada e rapidamente. O português está muito melhor pronunciado do que antes, diga-se de passagem. Beirando a perfeição. No entanto, as composições não apresentam a mesma criatividade de "Caveira da Força". São mais estreitas, retilíneas, sem tanta variação ou complexidade nos arranjos. Os solos passaram a ser menos explorados (mas muito bem executados quando entram em cena), os backing vocals Punk praticamente desapareceram... Apesar de certas "faltas", há muita compensação no ritmo e vivacidade das canções, que são contagiantes e selam esse álbum como de fato excelente.
  Desde então, nada mais foi lançado pelos finlandeses. Pelo menos não oficialmente. Mas é sabido que ainda estão na ativa. Quem sabe não tem mais um álbum de estúdio saindo? Só o tempo dirá. Enquanto isso os finlandeses nos deixaram três interessantes álbuns que no mínimo despertam a curiosidade de qualquer um que saiba que eles não são brasileiros. Pra quem curte Crossover, sem dúvidas essa é uma banda pra ser muito bem apreciada. Agora, pra quem não curte, por que não ouvir pra pelo menos tirar a curiosidade da pronúncia? O Metal é global, e o Força Macabra é um presente da globalização para nós brasileiros.
 
 1st Demo (Demo) (1991) 01 - Sem Poluição
  02 - Mortes dos Inocentes
  03 - Vida Morta
  04 - Juventude Ignorante/Cães do Sistema
  05 - Revolução
  06 - Em Nome da Liberdade
  07 - Destruição, Morte e Dor
 
 2nd Demo: Para Agonia e Morte (Demo) (1992) 01 - Mentes Mortes
  02 - Chorando A Guerra
  03 - Outra Guerra, Outra Vítima
  04 - Revolução
  05 - Medo
  06 - Em Guerra
  07 - Morte dos Inocentes
  08 - Será O Fim da Terra?
  09 - Cansado
  10 - Calado (Inocentes Cover)
  11 - Depois da Bomba
  12 - Destruição, Morte e Dor
 
 3rd Demo (Demo) (1993) 01 - Cegos Por Ódio (Armagedom Cover)
  02 - Bandeira Negra
  03 - De Quem É A Culpa?
  04 - Most To Die (Lobotomia Cover)/Paranóia Nuclear (Ratos de Porão Cover)
  05 - Eu Não Preciso do Sistema
  06 - Alma Sofredora
  07 - Sofrer Demais
  08 - Chorando A Guerra
  09 - Tu Pagas
  10 - Crucificados Pelo Sistema (Ratos de Porão Cover)
 
 Força Macabra/Homomilitia (Split) (1994) 01 - Força Macabra: Eu Não Preciso do Sistema
  02 - Força Macabra: Alma Sofredora
  03 - Força Macabra: Sofrer Demais (Armagedom Cover)
  04 - Força Macabra: Chorando A Guerra
  05 - Homomilitia: Ziemia
  06 - Homomilitia: Multinationals
 
 Nos Túmulos Abertos (1995) 01 - Este Mundo
  02 - Outra Guerra, Outra Vítima
  03 - Será O Fim da Terra?
  04 - Medo
  05 - Alma Sofredora
  06 - Apanhado
  07 - Asilo Na Existência (Armagedom Cover)
  08 - Eu Não Preciso do Sistema
  09 - Mentes Mortas
  10 - Em Guerra
  11 - Cansado
  12 - Tu Pagas
  13 - Nos Túmulos Abertos
 
 Força Macabra/Ulster (Split) (2001) 01 - Força Macabra: Cemitério
  02 - Força Macabra: Malicius Death (Necromancer Cover)
  03 - Força Macabra: Vida Morta
  04 - Ulster: Arturo Bandini
  05 - Ulster: Matar
  06 - Ulster: Conquest (Disclose Cover)
  07 - Ulster: U.E.P.R.
  08 - Ulster: SP R$1,76
  09 - Ulster: Os Leões Estão Marcados
 
 Caveira da Força (2002) 01 - Desejo de Poder
  02 - Agonia Final
  03 - O Que Nós Vemos
  04 - Sarcófago Nuclear
  05 - A Queda
  06 - El Condor
  07 - D.E.P.
  08 - Bitchfucker
  09 - Suicídio 89
  10 - Medo do Amanhecer
  11 - Filho do Mundo
  12 - Caveira da Força
 
 Aqui É O Inferno (2008) 01 - Esfera Metal
  02 - Cemitério
  03 - Filhos da Tormenta
  04 - Massacre do Ódio
  05 - Fúria (Anthares Cover)
  06 - Apanhado
  07 - Vôo do Abutre
  08 - Assassino
  09 - Do Inferno Eu Vim
  10 - Hecatombe Alcóolica
  11 - O Chamando dos Esqueletos
  12 - Guerreiro do Rock
  13 - Pescador de Almas
 Demikianlah Artikel Força Macabra - Discografia
Sekianlah artikel Força Macabra - Discografia kali ini, mudah-mudahan bisa memberi manfaat untuk anda semua. baiklah, sampai jumpa di postingan artikel lainnya.
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